Guerreiro Dos Sonhos

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Guerreiro Dos Sonhos
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Guerreiro dos Sonhos

Contents

Prologue

1. Capítulo Um

2. Capítulo Dois

3. Capítulo Três

4. Capítulo Quatro

5. Capítulo Cinco

6. Capítulo Seis

7. Capítulo Sete

8. Capítulo Oito

9. Capítulo Nove

10. Capítulo Dez

11. Capítulo Onze

12. Capítulo Doze

13. Capítulo Treze

14. Capítulo Quatorze

15. Capítulo Quinze

16. Capítulo Dezesseis

17. Capítulo Dezessete

18. Capítulo Dezoito

19. Capítulo Dezenove

20. Capítulo Vinte

21. Capítulo Vinte E Um

22. Capítulo Vinte E Dois

23. Capítulo Vinte E Três

24. Capítulo Vinte E Quatro

25. Capítulo Vinte E Cinco

26. Capítulo Vinte E Seis

27. Capítulo Vinte Sete

28. Capítulo Vinte E Oito

29. Capítulo Vinte E Nove

30. Capítulo Trinta

31. Capítulo Trinta E Um

32. Capítulo Trinta Dois

33. Capítulo Trinta E Três

34. Capítulo Trinta E Quatro

Nota Da Autora

Notes

Copyright © 2015 por Brenda Trim

Editor: Chris Cain

Arte da capa por Patricia Schmitt (Pickyme)

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* * *

Este livro é um trabalho de ficção. Os nomes, personagens, lugares e incidentes são produtos da imaginação dos escritores ou foram usados de maneira fictícia e não devem ser interpretados como reais. Qualquer semelhança com pessoas, viva ou morta, eventos reais, localidades ou organizações é inteiramente coincidência.

Todos os direitos reservados. Com exceção das citações usadas em resenhas, este livro não pode ser reproduzido ou usado no todo ou em parte, por qualquer meio existente, sem a permissão por escrito dos autores.

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Este livro surgiu a partir da vida incrível e da lamentável morte de um homem muito importante. John Andrew DeCaprio será sempre amado e lembrado. Obrigada pelo seu amor!

Queremos enviar um agradecimento especial para o marido de Brenda, Damon Trim, por criar nosso site.

Este livro é o começo de uma nova jornada e queremos agradecer a toda a nossa família e amigos por se juntarem a nós nesta divertida aventura!

Prologue

Vampiros? perguntou-se Dalton, enquanto permanecia deitado em uma piscina escarlate cada vez maior, questionando a realidade e fazendo um inventário mental. Garganta retalhada. Peito crivado de buracos. E mordidas demais para serem contadas. Em que diabos Jag havia se transformado, já que Dalton nunca havia encontrado tamanha força em um homem antes? Quando viu as presas afiadas e pontudas saindo da boca de Jag, soube que estava com problemas. Um olhar naqueles olhos assustadores e sinistros dizia tudo. Jag era um vampiro.

Os braços de Dalton eram como blocos de chumbo ao seu lado. Droga, ele não podia levantá-los para estancar o sangue que escorria das feridas no pescoço, estômago e peito. Lute contra isso, Elsie precisa de você! O estertor a cada respiração fazia com que o pouco sangue que restava em suas veias se transformasse em gelo. Ele não conseguiria sobreviver àquilo. As batidas de tambor em seu peito diminuíram e a dor atenuou-se. Uma imagem de sua esposa, Elsie, e seu lindo rosto oval surgiu em sua mente. Ele a amava mais do que tudo e não queria deixá-la. Conseguiu mover lentamente os dedos pelo chão e arrastou o telefone para mais perto.

Digitou o número e fechou os olhos quando ouviu a saudação sensual da mensagem de voz de sua esposa. Percebeu que não lhe restariam palavras suficientes para alertá-la de forma adequada sobre os perigos que existiam.

— Não tenho muito tempo… eu a amo, Elsie. Sempre a amarei. Adeus, querida.

Ele se preocupava com a esposa. Quem a protegeria dos males que vagavam pela noite e que ele conhecia agora? Queria protegê-la e não podia. Sua própria alma clamava contra a injustiça de tudo aquilo.

O que…? Uma sensação de paz abrangente envolveu Dalton e a mais brilhante luz branca encheu o aposento. Aquela sensação de calma era chocante e totalmente em desacordo com seu ataque brutal. Estava morrendo e aquilo o deixou irritado.

Seus olhos se fecharam e seus últimos pensamentos voltaram-se para sua linda esposa no dia em que se casaram. Ele viu seus longos cabelos castanhos e ondulados, enrolados com pequenas flores brancas, esvoaçando em torno de seu rosto. Seus olhos claros e azuis mostravam a profundidade de seu amor por ele. Ela segurava um pequeno buquê de jasmim e usava um vestido branco simples e sem alças. Era a imagem mais linda que já vira. Quando olhou nos olhos dela e eles trocaram seus votos, soube que a amaria até o dia de sua morte.

Só não sabia que esse dia chegaria tão cedo.

Capítulo Um

Elsie acordou, encharcada de suor, com um grito preso nos lábios e os lençóis enroscados nas pernas. Sua irmã se mexeu ao lado dela no colchão de casal grande. Ela não queria acordá-la e levou o punho à boca, sufocando o grito que estava prestes a sair, enquanto as imagens de seu pesadelo continuavam a consumi-la. Não importava quanto tempo ela lutasse, as visões e lembranças se recusavam a deixá-la.

Sempre começava da mesma maneira, com ela parada sobre o linóleo rachado no longo corredor do orfanato onde Dalton havia sido assassinado. Havia revivido aquela noite inteira inúmeras vezes nos últimos dezoito meses. Fechou os olhos com força, enquanto as imagens inundavam seu cérebro dolorido pelo que parecia ser a milionésima vez.

Um matadouro a cercava. Respingos de sangue cobriam as paredes e havia poças do líquido escarlate congelando no chão quadriculado em preto e branco. Ela engasgou quando viu um pedaço de carne em tom vermelho-claro no chão… carne. Sinalizadores e cones amarelos cobriam as paredes e o chão, em meio à carnificina. Seu estômago revirou enquanto seu corpo tornava-se entorpecido.

Em meio à agitação, ela sussurrou um pedido de ajuda. Ninguém respondeu e ela despencou no chão. Alheia ao sangue no qual se encontrava, ela contemplou a visão de seu marido deitado em uma poça vermelha, e os olhos sem vida dele pareciam fixos nela. Seu pescoço estava rasgado e retalhado. Quanto tempo ela ficou ali, gritando, ela não sabia. Finalmente, um policial a levou para longe do corpo de Dalton e para fora de casa, onde seu pesadelo piorou quando se deparou com uma multidão de meios de comunicação gritando perguntas sobre o marido ser a mais recente vítima dos TwiKill. Seu mundo desmoronou naquela noite. Naquele momento, um abismo negro gigante implodiu, transformando-se em uma dor interminável em seu peito.

Agora, dezoito meses depois, aquele abismo negro havia produzido espinhos e perfurado seu coração. A dor a forçou a se enroscar como uma bola em sua cama. Odiava a quantidade de poder que as lembranças exerciam sobre ela. Juntar-se aos SOVA, os Sobreviventes dos Ataques dos Vampiros, havia sido uma maneira de recuperar parte desse poder. Ainda assim, desejava ser uma estudante universitária “normal” de novo. Você não é normal desde os três anos, pensou ela, ironicamente.

Nem mesmo os pensamentos de sua infância poderiam suprimir a dor da perda. Não importava quanto tempo tivesse passado, o assassinato de Dalton ainda parecia inacreditável. A polícia ainda não sabia quem era o responsável, e os detetives encarregados vinham dando as mesmas desculpas para a imprensa por dezoito meses. Eram incompetentes e não sabiam uma fração do que ela soube nas primeiras quarenta e oito horas. Não que ela pudesse lhe contar o que soubera. Não podia, ou arriscaria a sua liberdade ou a de seus amigos. No instante em que a polícia soubesse sobre os fatos do caso, todos seriam acusados de um crime.

 

Ela pulou da cama e foi até o banheiro, onde imediatamente se livrou do mísero conteúdo do seu estômago. Havia sido assim, dia após dia, pelo que parecia uma eternidade. Estava devastada por uma dor sem fim, quase incapaz de raciocinar.

Dormir era coisa do passado, sendo sempre interrompida por pesadelos. Poderia conviver com as olheiras, mas a memória confusa e a irritabilidade eram outra história. Vivia à base de bebidas energéticas e doces. Não conseguia se lembrar da última vez que consumiu uma refeição completa porque o sofrimento criava uma barreira em sua garganta. Devido às manchas negras sob os olhos e à perda de peso, ela parecia um zumbi. Inferno, também se sentia como um deles.

Limpando a boca depois que os espasmos do estômago pararam, ela puxou a descarga e rezou pela milionésima vez por uma pílula mágica que aliviasse a dor. Infelizmente, a ciência não estava do lado dela.

Depois de lavar o rosto e escovar os dentes, ela verificou como estava a irmã. Durante toda a vida de Elsie, Cailyn sempre se certificou de que ela estava segura e tinha o que precisava. Apesar de morar a dois estados de distância, isso não fazia com que as coisas fossem diferentes agora, com suas ligações diárias e visitas bimensais. Cailyn era a única família que lhe restara, e sua bênção salvadora. Ela a amava mais do que tudo.

Felizmente, sua irmã não a ouviu no banheiro e ainda estava dormindo. Ela não precisava ou queria outro sermão sobre sua falta de alimentação e perda de peso.

Silenciosamente, pegou o roupão na parte de trás da porta do quarto e dirigiu-se à sala de estar. Parou na cozinha primeiro para tomar uma bebida energética antes de se sentar no sofá-cama que servia de sofá e cama extra. Abrindo o energético, pegou o laptop. Precisava dar os retoques finais em um trabalho antes de entregá-lo na segunda-feira. Enquanto esperava a inicialização do laptop, apanhou a agenda e olhou para o horário de trabalho. Para manter seu apartamento, havia feito turnos extras para compensar a perda de renda. A realidade era que ela usava suas atividades como uma distração para o sofrimento esmagador.

Sua cabeça caiu sobre o sofá-cama e ela olhou para os coloridos cobertores mexicanos que serviam como um dos lembretes de sua vida com Dalton. A sala era pequena, mas aconchegante. E ainda estava cheia de recordações de sua vida com o falecido marido. Simplesmente, não suportava se separar das lembranças. Lágrimas encheram seus olhos. Ficaria algum dia livre?

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* * *

Elsie se curvou para vestir o casaco preto e apertou o cachecol com mais força quando uma brisa desceu por suas costas. Estava muito frio em Seattle naquela época do ano. Estava também quase sempre úmido ali. As vizinhanças intensamente arborizadas deveriam ter diminuído o vento. Ou mesmo as casas construídas bem próximas umas às outras. Infelizmente, nada daquilo conseguia reduzir o calafrio que penetrava em seus ossos.

Tremendo, ela levantou a gola e puxou o gorro rosa sobre as orelhas. Estava frio e, para aumentar a infelicidade, começava a chuviscar. A primavera não deveria estar tão fria. Mas ela teria que se mudar para o sul para obter um clima mais quente.

— Vamos pegar um burrito para o jantar, já que sei que sua geladeira está vazia. De fato, você precisa comer pelo menos uma refeição hoje — disse Cailyn, enquanto passava o braço pelos de Elsie e desciam a rua.

— Eu tento comer, você sabe. Simplesmente não consigo engolir nada. E, antes que você banque a minha mãe de novo, eu tentarei — respondeu Elsie, pensando em um guarda-chuva para cobri-las. Desde que foi morar em Seattle, onde parecia chover constantemente, havia se acostumado a ficar úmida como o resto da cidade.

Elas se apressaram pela rua e conversaram sobre quais atividades Elsie ainda tinha antes de se formar na faculdade no mês seguinte. O tempo se arrastava desde a morte de Dalton, e Elsie ainda não conseguia acreditar que seu diploma de bacharel estava próximo. Naquele dia, não queria reviver tudo novamente, e apenas se concentrar no restaurante de fast-food. Cailyn segurou a porta para ela, e as duas entraram. O ar quente, pesado e com cheiro de cominho, a atingiu quando entrou no estabelecimento. Seu estômago roncou. Estava com mais fome do que imaginava. Despiu a jaqueta e sacudiu a umidade, depois se virou para contemplar o cardápio.

Cailyn se inclinou para perto dela e seu hálito quente atingiu sua face, enquanto sussurrava em seu ouvido:

— El, seus faróis estão altos e há dois caras lindos que notaram.

O calor inundou as faces de Elsie. Ela usava um sutiã sem acolchoado e ele não fornecia proteção sob a camiseta Henley colada à pele.

— Oh, Deus, e sobretudo meus mamilos também — respondeu ela, em um sussurro.

— Você não está errada, mana. O que não significa que eles não estejam gostando da exibição.

Um gemido grave e masculino fez o rubor de Elsie se intensificar. Ela olhou pelo canto do olho e viu uma cintura esbelta envolta em calças de couro, justas e pretas. Controlada por uma força desconhecida, ela foi atraída pela visão e virou-se para apreciar o homem mais plenamente.

Os olhos dela percorreram as ondulações dos músculos do abdômen e do peito largo, fixando-se nos olhos mais azuis que já vira. Correntes elétricas correram sob sua pele enquanto ele a devorava com o olhar, como se ela fosse uma refeição gourmet que ele pretendia saborear, lenta e completamente. O estômago dela contraiu-se de desejo. Os lábios carnudos dele delineavam uma expressão erótica. Era o homem mais sexy que já havia visto.

Um desejo insuportável floresceu em seu sexo, seguido de uma atração estranha. Queria praticar atos sexuais com aquele homem, atos que eram ilícitos de alguma forma. Uma devassa viciada em sexo havia acabado de despertar, desejando aquele homem estranho e sensual, e aquilo era decididamente inquietante. Inferno, com quem estava brincando? Ela estava apavorada.

Uma dor e vibração estranhas em seu peito tiravam o seu fôlego à medida que a culpa a assaltava. Não deveria ter esses pensamentos. Em sua mente e coração, Dalton ainda era o seu marido, e ela o estava traindo com essa atração. Havia feito votos de ser leal e amar o marido até o dia em que morresse, e era isso o que faria. Do jeito que seu coração doía e que sentia falta de Dalton, não podia imaginar que houvesse mais alguém para ela.

Ela abaixou a cabeça e esfregou as têmporas, na esperança de apagar a imagem marcada em suas retinas. Não era certo cobiçar aquele cara atraente. Aturdida, vestiu a jaqueta e correu para o balcão. Proferiu um pedido de comida que só Deus sabia o que era. Arriscou um olhar para trás, para sua irmã. Felizmente, Cailyn estava alheia ao desejo de Elsie pelo Sr. Olhos Azuis. A última coisa que queria era que sua irmã a questionasse.

— Alguém tem um admirador — Cailyn meio que cantarolou, batendo o ombro no de Elsie.

— Cale-se. Não tenho admirador — sussurrou Elsie, baixinho.

— Você esteve afastada do jogo há muito tempo. Ele está claramente explorando-a. — Elsie rangeu os dentes enquanto ouvia Cailyn. — Ele é atraente — Elsie deu outra espiada no estonteante Sr. Olhos Azuis —, e uma oportunidade esperando para acontecer.

Os olhos de Elsie se arregalaram quando ela notou que ele estava rígido em todos os lugares. Uau, as calças de couro dele deixavam pouco para a imaginação. Uma palavra passou pela mente dela… enorme. Ela sentiu aquele desejo e atração mais uma vez.

— Não vai acontecer — declarou Elsie, uma semente de vergonha brotando ao lado da culpa. Não era esse tipo de pessoa. Virando-se para o outro lado, Elsie pensou em seus votos e em seu amor pelo marido, morto ou não. No segundo em que seu pedido ficou pronto, ela correu do estabelecimento sem olhar para trás.

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* * *

Zander observou a fêmea frágil e humana sair do restaurante. Algo nela lhe era familiar, mas tudo em que conseguia se concentrar era em como ela era bonita e interessante. O lábio superior estava contraído enquanto ela fugia do estabelecimento. A imagem lhe pareceu errada. Ela deveria sempre sorrir, e seus lábios ficariam melhores em volta do pênis dele. Ele se repreendeu por estar obcecado pela fêmea. Sim, ela era sexy e sustentava sua atração de uma forma que nenhuma outra mulher jamais conseguira antes, mas ele nunca havia feito sexo com uma humana e não planejava começar agora. Além disso, não ligava para aventuras de uma noite e isso era tudo que ele poderia ter com qualquer humana.

Os seres humanos eram seres frágeis, sem saber que todas as lendas de mitos e fantasias não eram mitos. Como rei vampiro do Reino Tehrex, era seu dever fazer cumprir o decreto da Deusa e proteger os humanos dos demônios e seus seres insurgentes, as escaramuças. Esse trabalho não deixava espaço para muito mais.

Ele balançou a cabeça com o fato de ter se sentido tentado pela mulher e ficou surpreso em ver como era difícil parar de seguir sua tentadora fragrância de madressilva. Claro, poderia fazer sexo com ela e apagar sua existência da memória dela, mas queria mais. Estava cansado de ter namoricos vazios. Era um dos poucos no reino que ainda tinha grandes esperanças de encontrar sua Companheira Predestinada. O fato de seus pensamentos persistirem na fêmea desmentia essas crenças. Era humana e não a pessoa certa para ele.

Tire-a da cabeça, idiota! A ordem caiu em ouvidos surdos enquanto o desejo o consumia.

Como um viciado, ele repetia cada momento, a partir do segundo em que ela havia entrado no estabelecimento. O frio havia deixado o rosto dela corado, e os mamilos estavam retesados sob sua camiseta. Sua audição aguçada havia captado a conversa entre as duas mulheres e ela não estava alheia ao tamanho dos próprios mamilos, mas ele os achou perfeitos, com certeza.

Com um olhar, seu coração disparou no peito, o suor marcou as sobrancelhas e a eletricidade estática percorreu sua pele. As presas haviam atingido dolorosamente a boca. Por um instante, quando seus olhares se encontraram, sua alma se agitou. A fêmea enigmática havia controlado seu corpo naquele momento, e ele teve que fechar os olhos para que o brilho existente neles não revelasse sua verdadeira natureza.

O doce aroma de madressilva que vinha dela ateou fogo em suas veias. Seu membro enrijeceu no momento em que as ondas atingiram suas narinas. O desejo de estar nu e suado com ela tornou-se irresistível. Tanto, que um gemido escapou de seus lábios. Um maldito gemido, além de tudo.

Não queria ouvir o que diria Kyran, que estava naquele momento rindo baixinho ao lado dele. Não que seu pervertido irmão tivesse muito espaço para falar, mas Zander não perdeu o foco. Pela primeira vez em seus setecentos e sessenta e cinco anos de existência, estava lutando para controlar sua mente e corpo.

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* * *

Zander balançou a cabeça para seus guerreiros. Havia chegado ao Confetti depois de encontrar uma humana encantadora, e buscava por alívio. O problema era que ninguém o atraía. Queria aquilo que o seu pai e mãe haviam compartilhado.

Felicidade. Um amor verdadeiro e duradouro. Realização.

Queria encontrar sua Companheira Predestinada.

Isso não aconteceria tão cedo, visto que a Deusa não havia abençoado nenhum casal desde que ele se tornara o rei dos vampiros mais de sete séculos atrás. Ele havia tentado muito agradar à Deusa e fizera progressos nunca antes vistos no Reino Tehrex. Havia iniciado e formado a Aliança das Trevas e estabelecido os Guerreiros das Trevas, o primeiro exército do reino, mas ainda assim a maldição persistia.

— Preciso tanto de uma mulher que nem chega a ser engraçado. Não fosse pelo hálito escaldante, eu pegaria aquela atraente diabinha do fogo — disse Orlando, chamando a atenção de Zander.

Afastando os pensamentos sobre o que não poderia mudar, Zander examinou a multidão. Procurava Lena, uma de suas poucas parceiras preferidas. Soube que ela estaria ali e, naquela noite, ele precisava aliviar o desejo.

— Você tem medo de um pouco de calor, hein? Não aguenta as chamas? — brincou Rhys.

Orlando jogou um pretzel para Rhys.

— Dane-se, idiota.

 

Um delicioso perfume de madressilva provocou os sentidos de Zander, levando-o a se lembrar do início daquela noite. Estivera obcecado pela humana nas últimas horas, quando se deu conta de que ela havia sido notícia dezoito meses antes, após o assassinato de seu marido, quando todos os repórteres da área exibiram sua dor.

— Orlando, você se lembra do caso em que um advogado de orfanato foi assassinado há um ano e meio? — perguntou Zander, redirecionando a conversa.

— Hã? Ah, sim. Por quê? O que foi?

— Apenas curioso. Kyran e eu encontramos a viúva hoje à noite — respondeu Zander.

— Ela parece ser uma garota agradável. Não deu problemas para o departamento. Disse alguma coisa?

— Não. Não conversamos com ela. As escaramuças foram responsáveis, não? — Zander queria vingança para a bela mulher. Poderia nunca ser capaz de tê-la, mas faria isso por ela. Havia uma dor antiga nos olhos azuis-claros dela, que ele odiava ver.

— Sim, a magia deles estava por todo o corpo e na cena. Por quê? — perguntou Orlando, com as sobrancelhas franzidas e a boca retorcida. Zander entendeu a confusão de seu guerreiro. Não havia motivo para ele examinar o caso.

— Você localizou os responsáveis? — Zander tomou um gole de uísque enquanto procurava o perfume provocativo.

— Não. Santiago e eu não seguimos com o caso. Não vimos necessidade. Você sabe como é difícil descobrir uma escaramuça específica — disse Orlando, e um vinco marcou a sua testa.

— Quero que vocês dois tomem o caso e descubram o responsável. Abra-o novamente, se necessário — ordenou Zander. Seu guerreiro era esperto o suficiente para não questioná-lo e assentiu. — Bom, agora, alguém viu Lena?

Orlando riu e deu um tapa no ombro dele.

— Não, amo. Tenho estado muito ocupado conversando com você.

Outra onda de aroma de madressilva o alcançou e seu corpo respondeu à fragrância deliciosa, enrijecendo-se dentro de suas calças. E, maldição, se suas presas não saíssem de suas gengivas… Ele passou a língua pelos dentes que haviam se tornado recalcitrantes e ficou surpreso por ter essa reação. Tinha que acontecer, já que ele não fazia sexo há meses.

Ele continuou sua busca por Lena, examinando a grande pista de dança. Numerosas luzes e lasers coloridos saltavam das vigas de aço no teto e caíam sobre o cimento manchado. Não viu o rosto oval da humana entre a multidão de corpos suados que giravam. Examinou os dois balcões. Ela também não estava lá. Ele descansou os braços nas costas das cadeiras ao lado dele e olhou na direção do corredor de salas privadas. Nada.

Ele balançou a cabeça e se lembrou de que precisava procurar Lena, não a humana. Isso não o impedia de abrir os sentidos e a telepatia. Não captou nada vindo da humana no clube. O perfume não viera dela. Sentiu uma decepção profunda por isso. Mas, por quê?

Novas vozes voltaram sua atenção para a mesa. Orlando estava com uma mulher e seus irmãos, Kyran e Bhric, haviam se juntado a eles. Ele não tinha percebido como havia se tornado preocupado. Normalmente, estava ciente de tudo o que acontecia ao seu redor. Não podia ficar tão distraído, não na sua posição. Ele se endireitou na cadeira e se repreendeu por não ser mais vigilante.

— Não, você é um banana. Um grupo inteiro de bruxas não seria capaz de consertar a bagunça que sua escapada com ela criaria. Você arruinaria a pobre garota. Agradeça à Deusa por não dar aos cambions a capacidade que um vampiro tem de apagar as memórias humanas. Você deixaria toda a população feminina humana de Seattle como conchas vazias. Fique bem longe da equipe do meu hospital — retrucou Jace para Rhys.

Zander se perguntou o que havia perdido. Rhys sorriu e jogou o braço sobre as costas da cadeira ao lado dele. O problema estava se formando atrás dos olhos caleidoscópicos do cambion.

— Hmmm… habilidades de vampiro. Ei, Bhric, tenho uma ideia que acho que você vai gostar — propôs Rhys, sentando-se, ereto, demonstrando empolgação em cada movimento.

— Conte-nos. — Bhric sorriu amplamente enquanto se inclinava para frente, cruzando os braços grossos sobre a mesa manchada de tinta. Zander queria bater na nuca de seu irmão por incentivar Rhys. Todos sabiam muito bem.

— É difícil estar com mulheres humanas porque elas percebem diferenças em mim enquanto faço sexo com elas; então, digo, vamos trabalhar em equipe dupla com as humanas e você apaga…

O horror tomou conta dele ao ouvir o que seu guerreiro estava propondo.

— Absolutamente, não! Nenhum vampiro usará seu poder sobre a mente humana para que você possa usá-las. Do jeito como vocês seguem as mulheres, seríamos expostos ao amanhecer. Há muitas mulheres dispostas no reino — interrompeu Zander antes que aquela conversa continuasse.

O problema era que a ideia já estava ali e ele podia dizer que os dois homens pensavam nela. Ele rosnou baixo, em advertência:

— Nem pensem nisso, idiotas. Falo sério. — Ele ponderou a promulgação de uma lei que proibia seus súditos de usarem o controle da mente de tal maneira em seres humanos. Tal abuso de poder era contra suas crenças. O reino e seus seres sobrenaturais eram melhores que isso. Eram protetores, não predadores de seres humanos.

O som do vidro quebrando chamou sua atenção. Ele notou que cada um de seus guerreiros havia entrado no modo de batalha. Do outro lado do bar, um imp, um diabrete, discutia com um demônio do mar. O pequeno e irritante diabrete havia agarrado o talismã transformador do demônio marinho, e agora ele era literalmente um peixe fora d'água, ofegando por ar. As fêmeas começaram a gritar ao ver o peixe grande. Zander balançou a cabeça. Os imps eram diabretes notoriamente maliciosos, mas não prejudicavam ninguém e, felizmente, os demônios do mar eram bem-educados.

Ele se afastou da cena enquanto Bhric começava a resmungar.

— O pequeno idiota estúpido tinha que assustar as fêmeas. Falando em estúpidos, recebemos a confirmação de um novo arquidemônio, irmão? — perguntou Bhric enquanto engolia outra dose.

Zander sustentou o olhar do irmão. Suspeitava, há meses, que havia um novo arquidemônio na cidade. Era de se esperar, depois que eles mataram o último, mas ele tinha a sensação de que, quem quer que Lúcifer tivesse enviado dessa vez, era mais poderoso e com melhor habilidade. Eles estavam enfrentando escaramuças treinadas para combate e em patrulhas organizadas. Sem dúvida, as patrulhas foram concebidas para descobrir a localização de sua base.

— Não, maldição. As Valquírias e Harpias negam qualquer conhecimento. Há apenas boatos e conjecturas.

— Oh, seria bom saber o que estamos enfrentando e dar a Killian a chance de trabalhar sua mágica no computador e reunir algumas informações — disse Bhric.

— Seria. Mas, por esta noite, tire isso da cabeça, irmão. Encontre uma moça, ou dez. A guerra ainda existirá de manhã, infelizmente — respondeu Zander ao avistar Lena voltando do banheiro. Havia encontrado sua parceira para a noite. Ele a chamou, dobrando o dedo.

— Lena, fique comigo, já faz muito tempo desde que a vi pela última vez.

— É claro, mon couer — ronronou ela enquanto rebolava até o lado dele. Ele olhou nos olhos castanho-escuros, agarrou ansiosamente a mão dela e sentou-a em seu colo. Sua ereção voltou com força. Ele parou sua carícia no braço de Lena quando notou que o perfume de madressilva vinha dela. Percebeu notas levemente adstringentes, que lhe diziam que era uma fragrância industrializada, em oposição às naturais da humana.

— Você está com um perfume diferente esta noite. É novo?

Oui, é. Pensei em você quando o comprei. Esperava encontrá-lo aqui esta noite. Senti sua falta, mon ami. Vejo que está ansioso por mim — sussurrou ela em seu ouvido, começando a acariciar sua coxa e ereção.

Inspirando profundamente, ele fechou os olhos e apreciou a sensação das mãos macias dela acariciando seu corpo. Surpreendeu-o o efeito incrível que o perfume tinha em sua libido.

Lena inclinou a cabeça levemente, expondo o pescoço para ele. O movimento realçou seu perfume. Hmmm, viciante. Ele passou os dentes por sua garganta, antecipando como seria afundar as presas naquele pescoço enquanto enterrava o pênis no calor dela.

Ele bebeu o resto do uísque, levantou-se e puxou Lena contra o peito. Abaixando os lábios até os dela, saboreou o deslizar suave dos lábios macios de Lena sobre os seus.

— Quarto dos fundos, agora — ordenou ele.

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