Um Grito De Honra

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Из серии: Anel Do Feiticeiro #4
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Um Grito De Honra
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Sobre Morgan Rice

Morgan Rice é a autora do best-seller #1 DIÁRIOS DE VAMPIROS, uma série destinada a jovens adultos composta por onze livros (mais em progresso); da série de Best-seller #1 – TRILOGIA DE SOBREVIVÊNCIA, um thriller pós-apocalíptico que compreende dois livros (outro será adicionado); a série número um de vendas, O ANEL DO FEITICEIRO, composta por treze livros de fantasia épica (outros serão acrescentados).

Os livros de Morgan estão disponíveis em áudio e página impressa e suas traduções estão disponíveis em: alemão, francês, italiano, espanhol, português, japonês, chinês, sueco, holandês, turco, húngaro, checo e eslovaco (em breve estarão disponíveis em mais idiomas).

Morgan apreciará muitíssimo seus comentários, por favor, fique à vontade para visitar www.morganricebooks.com faça parte de nosso newsletter, receba um livro gratuito, ganhe brindes, baixe nosso aplicativo gratuito, obtenha as novidades exclusivas em primeira mão, conecte-se ao Facebook e Twitter, permaneça em contato!

Crítica aclamada sobre Morgan Rice

“O ANEL DO FEITICEIRO reúne todos os ingredientes para um sucesso instantâneo: tramas, intrigas, mistério, bravos cavaleiros e florescentes relacionamentos repletos de corações partidos, decepções e traições. O livro manterá o leitor entretido por horas e agradará a pessoas de todas as idades. Recomendado para fazer parte da biblioteca permanente de todos os leitores do gênero de fantasia.”

–-Books and Movie Reviews, Roberto Mattos.

“Rice faz um trabalho magnífico ao atrair você para a história desde o início, utilizando uma grande qualidade descritiva que transcende a mera imagem do cenário… Muito bem escrito e de uma leitura extremamente rápida.”

–-Black Lagoon Reviews (referindo-se a Turned)

“Uma história ideal para jovens leitores. Morgan Rice fez um bom trabalho, dando uma interessante reviravolta na trama… Refrescante e original. As séries giram em torno de uma garota… Uma jovem extraordinária!… Fácil de ler, mas com um ritmo de leitura extremamente acelerado… Classificação10 pelo MJ/DEJUS.”

–-The Romance Reviews (referindo-se a Turned)

“Captou a minha atenção desde o início e eu não pude soltá-lo… Esta é uma história de aventura incrível que combina agilidade e ação desde o início. Você não encontrará nela nenhum momento maçante.”

–-Paranormal Romance Guild (referindo-se a Turned)

“Carregado de ação, romance, aventura e suspense. Ponha suas mãos nele e apaixone-se novamente.”

–-Vampirebooksite.com (referindo-se a Turned)

“Uma ótima trama, este é especialmente o tipo de livro que lhe dará trabalho soltar à noite. O final é tão intrigante e espetacular que fará com que você queira comprar imediatamente o livro seguinte, só para ver o que acontecerá.”

–-The Dallas Examiner (referindo-se a Loved)

“Um livro que é um rival digno de CREPÚSCULO (TWILIGHT) e AS CRÔNICAS VAMPIRESCAS (VAMPIRE DIARIES) e que fará com que você deseje continuar lendo sem parar até a última página! Se você curte aventura, amor e vampiros este é o livro ideal para você!”

–-Vampirebooksite.com (referindo-se a Turned)

“Morgan Rice mais uma vez mostra ser uma narradora extremamente talentosa… Esta narrativa atrairá uma grande variedade de público, incluindo os fãs mais jovens do gênero vampiro/fantasia. Terminou com uma situação de suspense tão inesperada que o deixará chocado.”

–-The Romance Reviews (referindo-se a Loved)

Livros de Morgan Rice
O ANEL DO FEITICEIRO
EM BUSCA DE HERÓIS (Livro #1)
UMA MARCHA DE REIS (Livro #2)
UM DESTINO DE DRAGÕES (Livro #3)
UM GRITO DE HONRA (Livro #4)
UM VOTO DE GLÓRIA (Livro #5)
UMA CARGA DE VALOR (Livro #6)
UM RITO DE ESPADAS (Livro #7)
UM ESCUDO DE ARMAS (Livro #8)
UM CÉU DE FEITIÇOS (Livro #9)
UM MAR DE ESCUDOS (Livro #10)
UM REINADO DE AÇO (Livro #11)
UMA TERRA DE FOGO (Livro #12)
UM GOVERNO DE RAINHAS (Livro #13)
TRILOGIA DE SOBREVIVÊNCIA
ARENA UM: TRAFICANTES DE ESCRAVOS (Livro #1)
ARENA DOIS (Livro #2)
DIÁRIOS DE UM VAMPIRO
TRANSFORMADA (Livro #1)
AMADA (Livro #2)
TRAÍDA (Livro #3)
DESTINADA (Livro #4)
DESEJADA (Livro #5)
PROMETIDA EM CASAMENTO (Livro #6)
JURADA (Livro #7)
ENCONTRADA (Livro #8)
RESSUSCITADA (Livro #9)
SUPLICADA (Livro #10)
DESTINADA (Livro #11)
Ouça a série O ANEL DO FEITICEIRO em formato audiobook!

Agora disponível em:

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Copyright © Morgan Rice 2013

Todos os direitos reservados. Exceto os permitidos, sujeitos à Lei de direitos autorais dos Estados Unidos de 1976, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida; distribuída; ou transmitida, em qualquer forma ou por qualquer meio; ou armazenada em um banco de dados ou sistema de recuperação, sem a prévia autorização da autora.

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Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, empresas, organizações, lugares, eventos e incidentes ou são o produto da imaginação da autora ou são utilizados ficcionalmente. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é mera coincidência.

A imagem de capa é de RazoomGame e usada sob licença da Shutterstock.com.

 
“Não tenha medo da grandeza:
alguns nascem grandes,
alguns alcançam a grandeza e
Alguns têm a grandeza imposta a eles.”
 
—William Shakespeare
Noite de Reis


CAPÍTULO UM

Luanda precipitou-se pelo campo de batalha, mal conseguindo esquivar um cavalo a galope, enquanto ela traçava seu caminho em direção à pequena moradia em que se encontrava o Rei McCloud. Ela agarrava a fria estaca de ferro na mão e tremia enquanto cruzava as terras poeirentas da cidade que uma vez ela havia conhecido, a cidade de seu povo. Ela tinha sido forçada durante todos aqueles meses a testemunhar os massacres que sua gente havia sofrido e já não aguentava mais. Algo dentro dela explodiu. Ela já não se importava se estava indo contra todo o exército McCloud, ela faria tudo o que estivesse ao seu alcance para detê-lo.

Luanda sabia que o que estava prestes a fazer era uma loucura, ela estava tomando sua vida em suas mãos e McCloud provavelmente a mataria. Mas ela afastou esses pensamentos de sua mente enquanto corria. Tinha chegado o momento de fazer o que era correto, a qualquer custo.

Ela avistou McCloud à distância, do outro lado do campo de batalha lotado, no meio dos soldados. Ele estava carregando aquela pobre garota em meio aos seus gritos, para uma casa, uma casinha de barro abandonada. Ele bateu a porta atrás de si, levantando uma nuvem de poeira.

“Luanda!” Alguém gritou.

Ela virou-se e viu Bronson, talvez a uma centena de metros atrás, correndo atrás dela. Seu avanço foi interrompido pelo fluxo interminável de cavalos e soldados que o forçaram a parar várias vezes.

Agora era sua chance. Se Bronson a alcançasse, ele iria impedi-la de ir até o fim.

Luanda dobrou sua velocidade, segurando a estaca firmemente e tentou não pensar na loucura que era tudo aquilo, em como suas chances eram mínimas. Se exércitos inteiros não podiam derrubar McCloud, se seus próprios generais e seu próprio filho tremiam diante dele, que chance ela poderia realmente ter sozinha?

Além disso, Luanda nunca tinha matado um homem antes e muito menos um homem da estatura de McCloud. Será que ela ficaria paralisada quando chegasse a hora? Será que ela realmente poderia chegar até ele sem ser notada? Seria ele tão inacessível como Bronson tinha lhe advertido?

 

Luanda se sentia implicada no derramamento de sangue daquele exército, na ruína de sua própria terra. Ao olhar para trás no tempo, ela lamentava ter concordado em se casar com um McCloud, apesar de seu amor por Bronson. Ela tinha aprendido que os McClouds eram um povo selvagem, incorrigível. Os MacGils tinham tido a sorte de estar divididos pelas Highlands e ter permanecido do seu lado do Anel. Somente agora Luanda era capaz de perceber isso. Ela tinha sido ingênua, tinha sido estúpida ao supor que os McClouds não eram tão ruins quanto ela tinha sido induzida a pensar. Ela pensava que poderia mudá-los, que de alguma forma valeria a pena ter a chance de ser uma princesa McCloud e um dia ser rainha, qualquer que fossem os riscos.

Mas agora ela sabia que estava errada. Ela renunciaria a tudo, desistiria de seu título, de suas riquezas, de sua fama, de tudo enfim, em troca de nunca ter conhecido os McClouds, em troca de poder estar de volta em segurança, com a sua família, do seu lado do Anel. Ela estava com raiva de seu pai agora por ele ter arranjado aquele casamento; ela era jovem e ingênua, mas seu pai deveria saber muito bem como eram as coisas. Era a política tão importante para ele, para que ele sacrificasse sua própria filha? Ela também estava desgostosa com ele por ele ter morrido e tê-la deixado sozinha com tudo aquilo.

Luanda tinha aprendido da maneira mais difícil, nos últimos meses, a depender de si mesma e agora era a sua chance de fazer o que era correto.

Ela tremia quando chegou à pequena casa de barro, com sua porta de carvalho escura, totalmente fechada. Ela se virou e olhou para os lados esperando que os homens de McCloud se lançassem sobre ela; mas para seu alívio, todos estavam muito preocupados com os estragos que estavam causando, como para que pudessem notá-la.

Ela segurava a estaca com uma das mãos e com a outra mão ela agarrou a maçaneta e girou-a tão cuidadosamente quanto podia, rezando para não alertar McCloud.

Ela entrou na casa. Estava escuro ali e seus olhos foram ajustando-se lentamente, já que ela havia estado sob a forte luz do sol que iluminava a cidade branca; também estava mais frio ali dentro. Quando ela cruzou o umbral da pequena casa, a primeira coisa que ela ouviu foram os gemidos e gritos da jovem. Quando seus olhos se adaptaram ela olhou ao redor da casa e viu McCloud despido da cintura para baixo, no chão, sobre a jovem nua que lutava debaixo dele. A garota chorava e gritava com os olhos apertados, McCloud estendeu a mão e cobriu a boca da jovem com a palma da sua mão corpulenta, tentando abafar os gritos dela.

Luanda mal podia acreditar que aquilo era real, que ela realmente estava presenciando aquela cena. Ela deu um passo hesitante para a frente, suas mãos tremiam, seus joelhos estavam fracos e ela rezou para que ela tivesse forças para prosseguir com seu plano. Ela agarrou a estaca de ferro como se ela fosse sua tábua de salvação.

Por favor, Senhor, deixe-me matar este homem.

Ela ouviu McCloud grunhindo e gemendo como um animal selvagem, ao satisfazer-se. Ele era implacável. Os gritos da jovem pareciam amplificar-se com cada movimento dele.

Luanda deu mais um passo, depois outro e estava a poucos metros de distância. Ela olhou para McCloud e estudou seu corpo tentando decidir o melhor ponto para atacar. Felizmente ele tinha retirado sua cota de malha e usava apenas uma camisa de tecido fino, a qual agora estava encharcada de suor. Luanda podia sentir o cheiro dele mesmo de onde ela estava e ela recuou. Retirar a armadura foi um movimento descuidado da parte dele, Luanda concluiu que aquele seria o seu último erro. Ela iria levantar a estaca bem alto, com ambas as mãos e mergulhá-la em suas costas expostas.

Quando os gemidos de McCloud atingiram o seu clímax, Luanda levantou a estaca bem alto. Ela pensou em como sua vida mudaria após aquele momento, como em apenas alguns segundos, nada jamais seria o mesmo. O reino McCloud estaria livre de seu rei tirano; seu povo seria poupado de mais destruição; seu jovem marido iria subir e tomar o seu lugar e, finalmente, tudo estaria bem.

Luanda ficou ali, paralisada de medo. Ela tremia. Se ela não atuasse imediatamente, ela jamais conseguiria.

Ela prendeu a respiração, deu um passo final para a frente, levantou a estaca bem alto com as duas mãos sobre sua cabeça, e de repente, caiu de joelhos descendo a estaca com todas as suas forças, preparando-se para mergulhá-la nas costas do homem.

Mas aconteceu algo que ela não esperava e tudo aconteceu de maneira confusa, rápido demais para que ela reagisse: no último segundo McCloud rolou para fora do seu alcance. Para um homem com a sua massa muscular, ele era muito mais rápido do que ela poderia imaginar. Ele rolou para o lado deixando a jovem debaixo dele exposta. Era tarde demais para que Luanda pudesse deter-se.

A estaca de ferro, para o horror de Luanda, continuou sua trajetória mergulhando profundamente no peito da jovem.

A moça deu um grito e sentou-se ereta, Luanda ficou mortificada ao sentir quando a estaca perfurou a carne da jovem penetrando por vários centímetros de profundidade, todo o caminho até o seu coração. O sangue borbulhava de sua boca e ela olhava para Luanda, apavorada, sentindo-se traída.

Finalmente, ela caiu deitada, morta.

Luanda ajoelhou-se ali, entorpecida, traumatizada, dificilmente ela poderia entender o que tinha acontecido. Antes que ela pudesse processar tudo aquilo, antes que ela pudesse perceber que McCloud estava a salvo, ela sentiu um golpe pungente em um lado de seu rosto e logo se encontrou caída no chão.

Quando subiu pelos ares, Luanda estava vagamente consciente de que McCloud tinha acabado de dar um soco nela, um tremendo golpe que a havia feito voar. De fato, ele tinha antecipado cada movimento dela desde que ela tinha entrado no quarto. Ele fingiu ignorar a presença dela. Ele esperou o momento exato, esperou a oportunidade perfeita para não só evitar o golpe, mas também para enganar Luanda e fazê-la matar a pobre moça, colocando ao mesmo tempo a culpa disso na consciência dela.

Antes que seu mundo desvanecesse, Luanda teve um vislumbre do rosto de McCloud. Ele estava sorrindo de orelha a orelha, respirando com dificuldade, como um animal selvagem. A última coisa que ela ouviu, antes que sua bota gigante levantasse e descesse para o rosto dela foi a sua voz gutural, derramando-se como um animal:

“Você me fez um favor.” Disse ele. “Eu já havia terminado com ela, de todas maneiras.”

CAPÍTULO DOIS

Gwendolyn descia as ruas laterais e sinuosas da pior parte da Corte do Rei, com lágrimas escorrendo pelo seu rosto enquanto ela saía correndo do castelo, tentando chegar o mais longe possível de Gareth. Seu coração ainda batia em disparada desde seu confronto com ele, desde que ela tinha visto Firth enforcado e desde que ela tinha ouvido as ameaças de Gareth. Ela tentou desesperadamente extrair a verdade de suas mentiras. Mas na mente doentia de Gareth, a verdade e a mentira estavam distorcidas, era tão difícil saber o que era real. Será que ele estava apenas tentado assustá-la? Ou será que tudo o que ele tinha dito era verdade?

Gwendolyn tinha visto com seus próprios olhos o corpo de Firth pendurado e isso lhe dizia que talvez, dessa vez, tudo fosse verdade. Talvez Godfrey tivesse sido realmente envenenado; talvez ela realmente tivesse sido negociada em casamento aos Nevaruns selvagens; talvez, naquele exato momento, Thor estivesse cavalgando direto para uma emboscada. Esse pensamento a fez estremecer.

Ela se sentia impotente enquanto corria. Ela tinha de chegar a alguma parte. Ela não podia percorrer todo o caminho até chegar a Thor, mas ela podia correr até Godfrey para ver se ele tinha sido envenenado e se ainda estava vivo.

Gwendolyn corria, metendo-se cada vez mais na parte decadente da cidade. Ela estava surpresa por encontrar-se de volta ali novamente, duas vezes em dois dias, naquela parte nojenta da Corte do Rei a qual ela tinha jurado nunca mais voltar. Se Godfrey tinha realmente sido envenenado, ela sabia que isso deveria ter acontecido na taverna. Onde mais poderia ser? Ela estava brava com ele por ele ter retornado ali, por ter baixado a guarda, por ele ser tão descuidado. Mas acima de tudo, ela temia por ele. Ela percebeu o quanto tinha chegado a querer seu irmão durante aqueles últimos dias e o pensamento de perdê-lo também, especialmente depois de ter perdido seu pai, deixou um vazio em seu coração. Ela também se sentia de alguma forma, responsável pelo que havia sucedido.

Gwen sentia um temor real enquanto corria por aquelas ruas e não era por causa dos bêbados e de todos os cretinos ao seu redor; em vez disso, ela temia por seu irmão, Gareth. Seu aspecto durante o seu último encontro era demoníaco, ela não conseguia tirar de sua mente a imagem do rosto dele, a imagem de seus olhos, tão sinistros, tão desalmados. Ele parecia possuído. O fato de que ele estava sentado no trono de seu pai tornava a imagem ainda mais surreal. Ela temia sua retaliação. Talvez ele estivesse, de fato, conspirando para casá-la, algo que ela nunca permitiria; ou talvez ele só quisesse que ela baixasse a guarda e estava realmente planejando assassiná-la. Gwen olhou em volta e enquanto ela corria, cada rosto lhe parecia hostil, estranho. Todos pareciam ser uma ameaça potencial, enviada por Gareth para acabar com ela. Ela estava ficando paranóica.

Gwen virou a esquina e esbarrou em um velho bêbado que quase a fez perder o equilíbrio. Ela pulou e gritou involuntariamente. Ela estava com os nervos à flor da pele. Ela levou um momento para perceber que era apenas um transeunte descuidado e não um dos matadores de aluguel de Gareth. Ela se virou e o viu tropeçar, sem nem mesmo se voltar para pedir desculpas. A indignidade daquela parte da cidade era maior do que ela podia tolerar. Se não fosse por Godfrey ela nunca chegaria perto dali. Ela o odiava por fazê-la rebaixar-se a isso. Por que ele não podia, simplesmente ficar longe das tavernas?

Gwen virou outra esquina e ali estava: a taverna favorita de Godfrey, um projeto de estabelecimento, localizada ali, torta, sua porta entreaberta, bêbados jorravam dela, tal como faziam perpetuamente. Ela não perdeu tempo e entrou apressadamente pela porta aberta.

Seus olhos demoraram um momento para ajustar-se à penumbra do bar que cheirava a cerveja rançosa e suor. Quando ela entrou ali, o local ficou silencioso. Havia aproximadamente vinte homens amontoados ali dentro, todos eles se viraram e olharam para ela surpresos. Ali estava ela, um membro da família real, vestida com elegância, avançando por aquela sala, a qual provavelmente não tinha sido limpa há décadas.

Ela caminhou até um homem alto com uma barriga enorme, a quem ela reconheceu como Akorth, um dos companheiros de bebedeiras de Godfrey.

“Onde está meu irmão?” Ela perguntou autoritária.

Akorth, geralmente de bom humor e sempre pronto para soltar uma piada de mau gosto, com a qual ele se sentia muito satisfeito, a surpreendeu: ele simplesmente balançou a cabeça.

“Ele não está indo muito bem.” Ele disse pesaroso.

“O que você quer dizer?” Ela insistiu, seu coração bateu acelerado.

“Ele tomou uma cerveja estragada.” Disse um homem alto, magro, a quem ela reconheceu como Fulton, o outro companheiro de Godfrey. “Ele passou mal na noite passada. Ainda não se levantou.”

“Ele está vivo?” Ela perguntou desesperada, agarrando o pulso de Akorth.

“Com muito custo.” Ele respondeu, olhando para o chão. “Ele tem passado muito mal. Ele parou de falar cerca de uma hora atrás.”

“Onde ele está?” Ela insistiu.

“Na parte de trás, patroa.” Disse o taverneiro, inclinando-se sobre o bar enquanto limpava uma caneca, parecendo estar realmente triste. “É melhor que tenha um plano para lidar com ele. Eu não desejo abrigar um cadáver aqui no meu estabelecimento.”

Gwen, atordoada e ao mesmo tempo surpresa, sacou um pequeno punhal, inclinou-se para a frente e dirigiu a ponta dele para a garganta do taverneiro.

Ele engoliu seco e a olhava em estado de choque, enquanto o lugar caiu em um silêncio mortal.

“Primeiro que tudo…” Ela disse. “… Este lugar não é um estabelecimento– é um arremedo de um boteco, e um que eu vou mandar a guarda real demolir, se você falar comigo desse jeito novamente. E é bom que você comece a se dirigir a mim como Vossa Alteza.”

Gwen sentia-se fora de si e estava surpresa pela força que se apoderou dela; ela não tinha ideia de onde tal força provinha.

O taverneiro engoliu saliva.

“Vossa Alteza.” Ele repetiu.

 

Gwen sustentava o punhal com firmeza.

“Em segundo lugar, meu irmão não vai morrer— e certamente não aqui, neste lugar. Seu cadáver honraria seu estabelecimento muito mais do que qualquer alma viva que já passou por aqui. E se ele realmente morrer, você pode ter certeza de que a culpa recairá sobre você.”

“Mas eu não fiz nada de errado, Alteza! “Ele implorou. “Foi a mesma cerveja que eu servi para todo mundo!”

“Alguém deve tê-la envenenado.” Akorth acrescentou.

“Poderia ter sido qualquer um.” Fulton disse.

Gwen baixou lentamente seu punhal.

“Levem-me até ele. Agora!” Ela ordenou.

Dessa vez, o taverneiro baixou a cabeça com humildade, virou-se e entrou apressado por uma porta lateral por trás do bar. Gwen o seguiu e a ela se juntaram Fulton e Akorth.

Gwen entrou na pequena sala dos fundos da taverna e ouviu a si mesma suspirar quando viu seu irmão, Godfrey, deitado no chão, em decúbito dorsal. Ele estava mais pálido do que ela jamais o tinha visto. Ele parecia estar às portas da morte. Era tudo verdade.

Gwen correu para o seu lado, segurou sua mão e sentiu quão fria e úmida ela estava. Ele não respondia, sua cabeça estava apoiada no chão, sua barba estava por fazer, seu cabelo oleoso estava grudado em sua testa. Mas ela sentia seu pulso, apesar de ser fraco, ele ainda estava lá. Além disso, ela via seu peito inflar-se a cada respiração. Ele estava vivo.

Ela sentiu uma raiva súbita apoderar-se dela.

“Como você pôde deixá-lo aqui assim?” Ela gritou, virando-se para o taverneiro. “Meu irmão, um membro da família real, deixado sozinho enquanto está morrendo, jogado no chão como se fosse um cachorro?”

O taverneiro engoliu em seco nervoso.

“E o que mais eu poderia fazer, Alteza? “Ele perguntou, parecendo inseguro. “Este não é um hospital. Todo mundo disse que ele estava praticamente morto e…

“Ele não está morto!” Ela gritou. “E vocês dois…” Ela disse dirigindo-se a Akorth e Fulton. “… Que classe de amigos vocês são? Ele teria deixado vocês assim?”

Akorth e Fulton trocaram um olhar humilde.

“Perdoe-me.” Akorth disse. “O médico veio ontem à noite, olhou para ele e disse que ele estava morrendo e que tudo o que restava era esperar que chegasse sua hora. Eu pensei que já não era possível fazer mais nada.”

“Ficamos com ele durante a maior parte da noite, Alteza.”Fulton acrescentou. “… Ao lado dele. Nós só fizemos uma pausa rápida, tomamos um trago para aplacar nossas dores e então, Vossa Alteza veio e…”

Gwen, enraivecida, estendeu a mão e golpeou as jarras de cerveja nas mãos deles, derrubando-as no chão e fazendo o líquido derramar por todas as partes. Eles olharam para ela, chocados.

“Vocês dois, levantem-no pelos braços e pelas pernas.” Ela ordenou friamente, sentindo uma nova força surgir dentro dela. “Vocês vão levá-lo daqui. Vocês vão me seguir pela Corte do Rei até chegar à curandeira real. Meu irmão terá uma chance real de recuperação e não será abandonado para morrer devido à declaração de algum médico estúpido.

“E você…” Ela acrescentou, virando-se para o taverneiro. “Se o meu irmão sobreviver, se ele alguma vez voltar a este lugar e você servir-lhe bebida, eu vou me assegurar em primeira mão de que você seja jogado na masmorra para nunca mais sair.”

O barman se remexeu incômodo e baixou a cabeça.

“Agora mexam-se!” Ela exclamou.

Akorth e Fulton se sobressaltaram e entraram em ação. Gwen saiu correndo da sala, os dois logo saíram atrás dela carregando seu irmão e seguindo-a para fora do bar, na luz do dia.

Eles seguiam apressadamente pelas ruas lotadas da periferia da Corte do Rei, para a curandeira e Gwen só rezava para que não fosse tarde demais.

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